Vinte anos depois...

Ficha

Título

Vinte anos depois...

Transcripción

- Ubica esta exposición en un marco internacional de recuperación de las prácticas artísticas experimentales de los años sesenta, setenta y ochenta.
- En Portugal, aunque "à escassez de informação e conhecimento sobre o contexto artístico internacional, junta-se ainda um desconhecimento da sua própria história recente, ainda não suficientemente pesquisada pela investigação académica e/ou curatorial, assim como nada estimulada pela curiosidade artística e crítica" (16), también se han producido algunos esfuerzos en ese sentido, con historiografías actualizadas y exposiciones de los/las más salientes artistas nacionales de ese periodo.
- No la quiere mitificar ni hacer un modelo.
- "A percepção da diferença entre o debate estético internacional propiciado por atitudes de arte experimental e de vanguarda e a discusão existente no contexto artístico português, sempre condicionada pela reação à dictadura, origina em toda uma nova geração de artistas a necessidade de se libertarem do espartilho do contexto particular da arte portuguesa para adquirirem informação e desenvolverem práticas artísticas equiparáveis às pesquisas artísticas suas contemporâneas no contexto internacional." (17) [habla en varios momentos de “generación”, aunque es un concepto desdeñado por Ernesto de Sousa]
— Um contexto para o zero...
- Finales de los 50: introduce el momento de la creación de KWY en París (Lourdes Castro, René Bertholo, João Vieira)
- Mediados de los 60: poesía y música experimental en Lisboa (Ana Hatherly, Melo e Castro, Jorge Peixinho, Salette Tavares)
- “Obras individuais de artistas como Helena Almeida, Alberto Carneiro, ngelo de Sousa e Ana Vieira assinalam igualmente essa ruptura.” (17)
- Cita a Harald Szeemann, Germano Celant, Lucy Lippard y John Chandler, para enmarcar la importancia del proceso hacia la así llamada desmaterialización. (17-18)
- Presenta dos momentos de contacto con ese experimentalismo. 1) José-Augusto França visita “When Attitudes Became Form” (1969) y escribe una reseña y publica un “Folhetim”; 2) Ernesto de Sousa y sus proyectos “Nós não estamos algures” (1969, proyecto multimedia), “Do Vazio à Pró-Vocação” (1972, expo AICA-SNBA 72) y “Projectos-Ideias” (1974, expo AICA-SNBA 74).
— Ernesto nas rupturas do seu tempo
- 1962: “Dom Roberto”, film tenido por precursor del nuevo cine portugués
- 1969: participa del I Festival de Arte Colectiva “11 Giorni a Pejo”, organizado por Bruno Munari, y asume a Almada Negreiros como una “referência incontornável e auto-legitimante. A proposta de uma nova vanguarda passa pela ligação à mais histórica das vanguardas do primeiro modernismo português, do qual Almada era o único sobrevivinte.” (19); También “Encontro do Guincho” (1969, evento perfomativo en que destruyen una obra de Noronha da Costa a tiros); se inaugura en Lisboa la sede de la Fundação Calouste Gulbenkian; se abre una sección de la AICA en Portugal.
- 1968-1972: “Explosión e implosión” del mercado artístico portugués. Aparecen numerosas galerías, así como espacios independientes, como la Cooperativa Árvore (Porto)
- 1972: Ernesto de Sousa visita Documenta V. Contactos con Filliou, George Brecht y Vostell (Añadiría Ben Vautier, y otros, ver artículos en Vida Mundial).
- En el Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) (creado en 1958): “Minha nossa Coimbra deles” (1973); “O aniversário da Arte” (1974); “Semana de arte na rua” (1974).
- “A coragem de assumir rupturas com a sua biografia e com ideias anteriormente exploradas indicia porém um intranquilo fio condutor entre as preocupações sociais do neo-realismo e a relação arte-vida retomada a partir das experiências Fluxus e da arte experimental das décadas de 60 e 70, entre a pesquisa da cultura popular e o axioma de Beuys segundo o qual “cada homem é um artista”, entre a experiência do cinema e da fotografia e o uso destes suportes na arte conceptual e pós-conceptual.” (19)
— A necessidade da vanguarda e a revolução
- “Nos seus escritos e acções, Ernesto de Sousa procurará sempre dissociar o conceito de vanguarda de qualquer apropriação elitista dos seus conteúdos e manifestações, buscando ampliar socialmente a recepção das iniciativas artísticas e dos conhecimentos estéticos nelas implícitos.” (21)
- “Num país até então isolado da informação e do debate estético internacional, Ernesto compreende assim a necessidade de distinguir entre a mera importação e mimese de ideias feitas para usar as ideias importadas como utensílio para a criação de novas realidades. Da acusação, muitas vezes proveniente de contextos conservadores, de que os artistas portugueses de vanguarda não fazem mais do que repetir experiências importadas do estrangeiro, Ernesto pensa que ‘um conhecimento em 2ª mão pode ser uma experiência em 1ª mão’.” (22)
- Relación con el contexto pos-25 de Abril. Creación de instituciones artísticas, en general pocas, con cargos para agentes en las experimentación (Direção Geral de Acção Cultural, dirigida por João Vieira, que programa en la Galeria Nacional de Arte Moderna de Belém; con Vieira colaboran Fernando Calhau y Julião Sarmento, “que serão igualmente relevantes para algumas das (não muitas…) iniciativas institucionais com que o Estado ocupava este campo.” (24)). Creación de espacios alternativos de encuentro, como los “Encontros Internacionais de Arte”.
— História de um zero
- “Grau zero” como un silencio, una “libertação de todas as características, memórias, e resultados de uma ordem marcada”; “Não quer isto dizer que Ernesto de Sousa pretenda o apagamento de uma memória: pelo contrário, sempre se referirá à “Alternativa Zero” como sendo uma exposição simultáneamente perspectiva e prospectiva.” (25) Toma de Almada Negreiros el concepto de siempre empezar.
- “Por outro lado, no contexto português, interessa-lhe aliar uma memória selectiva da história artística nacional à opção por uma memória de referèncias internacionais que constituam utensílios para novas práticas artísticas. A estruturação das exposições da “Alternativa” encontra assim um seu contexto estratégico: por um lado, apresenta-se uma exposição central, que mas tarde será sempre tida como a exposição da “Alternativa”. Trata-se da mostra “Tendências polémicas na arte portuguesa contemporânea”; por outro lado, enquadra-se esta exposição num contexto onde outras duas são apresentadas: uma dedicada aos “Pioneiros do Modernismo em Portugal”, a outra dedicada à “Vanguarda e os Meios de Comunicação - o Cartaz”, constituída por cartazes de exposições internacionais que Ernesto tinha recolhido ao longo das suas viagens.” (25)
- Había una voluntad internacional que con el atraso de los pagos públicos se desvanece.
— A seleção dos artistas
- “Para Ernesto de Sousa, é fundamental que a exposição que tem em mente seja exclusiva, não buscando representar um contexto por outros motivos que não as ideias que o estruturam. Necessita então de afirmar uma autoria da exposição, combatendo outras soluções falsamente representativas e/ou demagogicamente colectivas e democráticas.” (26)
- El concepto de “operador estético” le permite agrupar un conjunto heterogéneo de artistas, incluso compositores o diseñadores, de varias generaciones. “Um conjunto extenso de artistas, alguns dos quais defendidos particularmente por ERnesto num passado já distante (desde Pomar a Joaquim Rodrigo, por exemplo), são apagados, dada a dificuldade em integrá-los no discurso de vanguarda anunciada. Mais do que representar um contexto nacional, a “Alternativa” propõe-se manifestar a existência de um novo contexto nacional, apagando memórias e legitimando outras [...]” (27)
- Hay artistas que se presentan en las informacionesprevias pero finalmente no están en la exposición, como António Areal, João Dixo, Ferraz, Jorge Nesbitt, Filipe Pires, René Bertholo, Costa Pinheiro, Lourdes Castro, Al Berto, Companhia Ópera Bufa, Grupo Acre, os Quatro Vintes, Ar.Co o el Curso de Formación Artística de la S.N.B.A. y la Galería Ogiva.
— A exposição
— As reações e a Prospectiva
- “Trata-se, com efeito, da exposição mais discutida e divulgada na imprensa de então, se bem que tal discussão raras vezes tenha revelado uma compreensão dos seus intuitos e propostas, ou uma discussão estética enriquecedora. [...] A polémica acontece no entanto. Sabemos pela imprensa que a exposição não foi pacífica: os argumentos dissidentes referem-se sobretudo à questão do mimetismo em relação a exposições e pesquisas internacionais e ao problema de uma identidade da arte portuguesa, questão que em si resumia um outro ponto de vista sobre o isolamento cultural e artístico que assim se manifestava. Dos críticos de arte portugueses que, na época, publicaram textos sobre o evento, apenas José Luís Porfirio parece aceitar todos os objectivos e resultados da iniciativa.” (33)
- “Egidio Álvaro organiza, ainda em 1977, na SNBA, uma outra exposição, que mais tarde assumirá como uma alternativa à “Alternativa”. Trata-se da exposição “Identidade cultural e massificação”, onde a questão de uma arte portuguesa e a insistência nas práticas pictóricas são claramente contrapostas. Albuquerque Mendes e o CAPC participam também desta exposição.” (33)
- “Toda a geração de críticos surgida depois dos anos 80 não se esquecerá todavia de sublinhar a relevância da “Alternativa”. Reflectindo-a contudo mais como um fim do que como um inicio.” (33-34)
- Contexto internacional de dilución de las ideas de vanguardia y experimentalismo, llegada de los neoexpresionismos, abandono de la “obsesión” por la ruptura y por lo nuevo. Vuelven el cuadro y el objeto, “a relação arte-vida passa a equacionar-se mais em termos de práticas individuais e estilísticas do que em termos de objectivos colectivos e sociais de participação ideológica nas transformações sociais” (34), el mercado del arte avanza.
- Ernesto de Sousa será encargado de las representaciones de Portugal en las Bienales de Venecia de 1980, 1982 y 1984; y lleva a todo un grupo de artistas portugueses a las SACOM organizadas por el Museo Vostell.

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15-36

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